Cruzeiro 120 anos: Especial Cidades da TV Band Vale
Cruzeiro 120 anos: Especial Cidades da TV Band Vale
Da “Garganta do Embaú” a um dos principais palcos da Revolução Constitucionalista de 1932: Cruzeiro completa 120 anos valorizando a própria história, construída também sobre os trilhos, que levaram as principais riquezas de São Paulo, Minas e a então capital Rio de Janeiro. Israel Goldenstein conta mais sobre a história da cidade no Especial Cidades (assista acima).
Cercada pelas montanhas que dividem os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, Cruzeiro é uma cidade com muitas histórias, mistérios e claro, belezas naturais.
O caminho usado por exploradores de ouro e riquezas entre os séculos 16 e 17, ficou conhecido como “Garganta do Embaú”. A área ganharia força e notoriedade, após alguns personagens se tornarem protagonistas.
Major Novaes, homem de forte personalidade mas muito Inteligente, usou da amizade com Dom Pedro II para conseguir oportunidades para o desenvolvimento da região.
Na casa onde ele vivia, e que hoje serve de ponto turístico em Cruzeiro, o fazendeiro liderou reuniões para construir duas importantes ferrovias entre os anos de 1880 e 1885. A Estrada de Ferro D. Pedro II era a ligação entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e que após a proclamação da república se chamaria Central do Brasil.
Começa aí a história da cidade do trem. A cidade que já fazia parte da Estrada Real entre as Minas Gerais e o porto de Paraty, no litoral fluminense, se tornou com o advento da ferrovia parada obrigatória para os trens de carga no sudeste brasileiro.
Pra se ter uma ideia da importância da cidade para o desenvolvimento do Império, foram construídas duas estações ferroviárias, uma em 1884 e outra em 1885. As estações funcionaram até 1969 para o transporte de cargas e passageiros.
Mas a ligação de São Paulo com Minas Gerais pelos trilhos que cortavam a Mantiqueira, foi usada com um propósito bem diferente do traçado ainda por Dom Pedro, no século 19. O local foi ponto estratégico no Combate dos Paulistas contra as tropas federais, no auge da Revolução Constitucionalista de 1932.