The Last of Us: Part II - Remastered - PS5 - parte 2

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O histórico de remasterizações recentes de The Last of Us é bem específico. The Last of Us Part I, por exemplo, foi um projeto legal para reaproximar os dois títulos da série esteticamente, mas não trazia grandes inovações, de forma geral. Com isso em mente, é justo questionar se a nova versão de The Last of Us Part II se justifica.

Primeiro, o óbvio: sim, The Last of Us Part II Remastered está ainda mais bonito do que o jogo original. Lembro que, na primeira vez que vi a versão original do jogo, o que mais me chamou a atenção foram as expressões faciais dos personagens. Afinal, eram muito melhores do que em outros jogos daquele mesmo ano e de anos anteriores.

O salto de qualidade do jogo normal para o remaster não chega a ser tão notável quanto foi o salto do primeiro jogo para o segundo, obviamente. Ainda assim, é fato que dá gosto ver como os personagens parecem tão críveis em uma realidade na qual é crucial que jogadores se sintam imersos na história.

Você sente o sofrimento não só por meio das atuações, que continuam ótimas como sempre foram, mas também por meio das expressões dos personagens. Até nuances que são extremamente difíceis de simular fora do formato live-action, como uma empolgação contida, por exemplo, ficam tão boas quanto possível em The Last of Us Part II Remastered.

Os cenários também estão fenomenais, os efeitos de iluminação engrandecem as paisagens, a sombra nos ambientes escuros traz toda uma atmosfera que não fica prejudicada pela baixa visibilidade. Não há alterações absurdas, mas as melhorias são visíveis para qualquer fã.

No que diz respeito ao básico de uma remasterização, portanto, não há o que criticar. Os desafios nem eram tão grandes, considerando a grandiosidade do jogo original, e o resultado, evidentemente, foi satisfatório. Essa é a versão mais cativante de The Last of Us Part II.

Pensando em outros aspectos inéditos, confesso que me diverti muito ao tocar violão e banjo livremente, podendo improvisar dentro de tons já pré-determinados. Espere por vídeos muito criativos nas redes sociais.

Outras adições divertidas incluem o suporte aos recursos mais conhecidos do DualSense, como gatilho adaptável e feedback háptico, que contribuem para aumentar a tensão nos casos em que você está em um terreno acidentado, por exemplo.

Além disso, The Last of Us Part II Remastered tem um quê de Resident Evil. Digo, da mesma forma que os jogos mais recentes da série da Capcom trouxeram pequenos bônus que podem ser comprados quando jogadores finalizam a história, The Last of Us Part II Remastered traz itens que podem ser comprados com uma moedinha in-game. Isso inclui artes conceituais e, em alguns casos, até skins.

O grande destaque de The Last of Us Part II Remastered é o modo Sem Volta, uma espécie de roguelike em que você avança por alguns desafios e, enquanto não morre, pode manter os itens que coletou e as vantagens que habilitou. Os desafios são gerados automaticamente, por padrão, mas existe um modo em que você pode personalizar o que pode entrar nesse esquema de aleatoriedades.

Devo dizer que me surpreendi com esse modo. Não é algo realmente indispensável, e imagino que uma boa parte dos jogadores vá pular, mas é divertido para quem gosta do combate de The Last of Us — e eu estou nesse grupo.

Desbloquear novos personagens cumprindo desafios, criar novos itens com materiais que encontramos nos cenários, enfrentar hordas de oponentes… É divertido por um tempo, mas não sei qual vai ser o limite para perfis diferentes de jogadores. Por mais que exista variação na concepção aleatória automática das fases, não há tanta diversidade de jogabilidade. Bastam algumas horas para ter visto tudo o que há para ser visto.

O mais legal é poder controlar personagens que conhecemos no modo História, isso sim. Enquanto você tiver novos personagens para abrir, com certeza, irá se divertir. Contudo, depois que você tiver toda a lista desbloqueada, alternar entre eles vai ser legal no começo, mas, depois, talvez você não ligue mais.

Por incrível que pareça, mesmo que o meu entusiasmo com esse aspecto do jogo seja limitado, o modo Sem Volta ainda é mais divertido e recompensador do que as chamadas Fases Perdidas, que são três fases cortadas do jogo final que a Naughty Dog disponibilizou com o remaster.

As fases inéditas, que foram cortadas, são legais? Bom, mais ou menos. Da primeira, eu realmente gostei. Não vou entrar em detalhes sobre o que acontece, obviamente, porque não é o caso, mas digamos que é uma pequena adição que ajudaria a contextualizar a vida de Ellie na comunidade de Jackson. Essa fase entraria próxima ao final do jogo original e, realmente, quebraria um pouco o andamento da história. É fácil entender porque cortaram, mas é muito legal ter um gostinho do que estavam pensando nos bastidores.